Como aumentar o valuation do seu negócio
Antes de iniciar o assunto,
precisamos fazer um breve estudo sobre o que é Valuation.
Valuation é o termo em
inglês para “Avaliação de Empresas”, “Valoração de
Empresas” e “Arbitragem de Valor”. Esta área de finanças estuda
o processo de se avaliar o valor de determinado ativo financeiro, ou real.
Em operações de M&A (fusões e
aquisições) existe um longo caminho a ser percorrido até encontrar o valor da
empresa negociada.
Existem algumas formas
tradicionais de calcular o valuation de um negócio. Sem a intenção de
esgotar o assunto, listo algumas das formas mais comuns:
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO – Esse
método calcula o valor da empresa a partir da receita que ela é capaz de
produzir no futuro e não apenas pela sua condição atual
EBITDA – calcula o valor da
empresa a partir da comparação com outras empresas semelhantes a partir do
EBITDA, do faturamento ou do lucro líquido. EBITDA é o lucro antes de juros,
impostos depreciação e amortização.
TRANSAÇÕES COMPARADAS –
comparação com o valor de venda de outras empresas semelhantes no mercado.
Normalmente esse tipo de valuation é utilizado de forma associada a
outros métodos como o Fluxo de caixa descontado ou múltiplos a fim de garantir
mais segurança ao valor.
VALOR PATRIMONIAL – leva em
consideração o valor do patrimônio da empresa.
O Grande problema das avaliações
tradicionais é quando a empresa é uma startup ainda sem faturamento expressivo.
Como calcular o valuation de um negócio novo, mas escalável? Como
calcular o valuation de um negócio tão disruptivo, que ainda não tem
concorrente no mercado?
A forma de calcular o valuation
das startups em estágios iniciais ou de novos negócios ainda é bastante subjetiva.
Um fator que agrega valor e consequentemente
aumenta o valuation do negócio é ter uma boa estrutura de Governança
Corporativa.
Ao contrário do que muitos
imaginam a Governança Corporativa não é só para empresas de grande porte,
podendo ser implementada logo no início da sociedade. Ou ainda antes do
nascimento da sociedade de fato, na fase em que os futuros sócios se reúnem
para decidir formar uma sociedade.
Quando os sócios decidem, em
contratos transparentes, suas participações na empresa, a forma de
relacionamento entre eles e a forma de gestão da sociedade, a empresa tende a
crescer mais organizada e com menos risco de desavença entre os sócios.
Desavenças entre os sócios, em qualquer fase da empresa pode ser prejudicial
aos negócios. Nas fases iniciais, pode ser tão prejudicial a ponto de
comprometer a existência da sociedade.
A formalização dos contratos da
empresa, bem como de acordo de sócios e políticas de gestão diminui
consideravelmente os riscos do negócio, atraindo credibilidade do mercado. Não
significa que a empresa não enfrentará dificuldades, mas significa que terá
melhores condições de suportar as dificuldades, haja vista que planejou suas
atividades, prevendo riscos e traçando mecanismos para minimizar os riscos
previamente mapeados.
O investidor, ao se deparar com
uma empresa organizada, com políticas de atuação estabelecidas, acordo entre os
sócios bem formatado certamente terá maior disposição de investir. O investidor
não fará investimentos se não tiver inseguro em relação a gestão da empresa
investida. Em outras palavras, o investidor precisa se convencer que os sócios
são capazes de conduzir a empresa e de transformar as boas ideias em negócios
lucrativos. E que eventuais desavenças entre os sócios não prejudicará os
negócios.
Quanto mais robustas forem as
políticas de governança de um negócio, maior o valor de mercado da empresa.